domingo, 15 de novembro de 2015

analisemos com a cabeça

RACIOCINANDO:
A França já não dispensa um "inimigo interno", Manuel Valls associou alguns islamistas a um inimigo interno.
Qual é a política externa da França?
Que tipo de democracia é a francesa?
Quem são estes jovens radicais que se tornam máquinas de matar?
A política externa francesa está alinhada com a dos Estados Unidos, "lider do mundo livre" como bem dizia Dominique de Villepin e ao dizer isto, diz-se tudo, diz da sua hipocrisia suprema. Tem reagido sempre com intervenções armadas e lições de moral, com reacções pavlovianas. Ainda ontem o Embaixador de França em Portugal confirmava a política externa agressiva a reboque dos neoconservadores americanos em relação à Síria e ao seu Presidente, dizendo que a França queria ver Bashar al-Assad fora da Síria.
A França foi um país colonizador, não tem um passado, a esse nível, de que se possa orgulhar, antes pelo contrário.
Hoje a França está transformada pelas migrações e representa a diversidade do mundo e dos seus conflitos
A democracia francesa não tem qualidade, é a autoridade e a austeridade, medrosa.
Não tratam (eles e todos os outros povos europeus) das causas políticas A França não tem um diplomacia política, dos povos, povo a povo.
Estes jovens radicais, são jovens que vivem em guetos, sem esperança de futuro, desempregados, sem acesso aos bens culturais da bela França. São jovens que nada têm a perder.
Fazem vítimas e são vítimas.
Quem está por detrás do tal estado islâmico, quem lhes fornece armas, a quem interessa?
Quais são os grupos de interesse?
A globalização destruíu, dissolveu os Estados-nação, deixando-os expostos às histerias raciais, confessionais, etc.
Onde está a Soberania dos Estados?
A ordem ocidental (E.U./Europa) é contestada, cria conflito, desagregação.
Na verdade estamos num mundo sem regras.
Não encontremos a justificação para o que aconteceu em Paris apenas nos jovens tornados máquinas de matar. Temos obrigação de analisar globalmente, de perceber o que se está a passar, de não atirar as culpas para os primeiros que nos aparecem.
DEVEMOS TRATAR AS CAUSAS POLÍTICAS SEMPRE OU QUASE SEMPRE ESQUECIDAS
TODOS ESTAMOS NO MESMO BARCO

5 comentários:

GL disse...

Que vontade de roubar este texto/análise, de o levar para o meu espaço, só que para isso necessito de permissão.
Não era a primeira vez, o que comprova que a reincidência é uma realidade.:)
Mais do que partilhá-lo(?), queria tê-lo para mim. É que análises, lúcidas e pragmáticas, é algo que não abunda.

Abraço

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

O texto é seu.
Grata pela simpatia.
Abraço

ana disse...

Achei graça à imagem que escolheu para o blogue.
Venho do blogue da GL.
Boa noite.:))

AC disse...

Após tanta comoção, tanto ai, finalmente vejo alguém pôr o dedo na ferida, tentar navegar por águas lúcidas...

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

sinceramente, agora já vejo alguns(mas), mesmo na televisão e rádio, a dizerem a verdade, mas de qualquer maneira agradeço a leitura e a referência.